terça-feira, 29 de janeiro de 2013
além do azul
o menino sobe em cima da cadeira, quer ficar mais perto do teto.
- não sobe aí menino, diz a mãe.
e o menino vê o céu pela janela, azul clarinho. olha de novo pro seu céu de concreto dentro de casa e quer alcançar, sobe novamente na cadeira.
- menino desce daí, vou te bater…
e ele continua a achar aquele céu possível, mas fácil que o azul, ainda que meio cinza. sobe novamente, mas apanha, na mão, a mesma que tenta o alcance e no rosto, o mesmo que foi iluminado pelo céu lá fora. esboça tristeza, faz beicinho, quer chorar.
- não chora...
engole a seco o nó na garganta e a lágrima contida… a pele arde. agora ele só quer o chão.
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